águas
” Inelutável modalidade do visível: pelo menos isso se não mais, pensado através dos meus olhos.” (J.Joyce, Ulisses).
… a imagem é uma das grandes responsáveis pela formação inteligível do homem desde sua origem e é constitutiva de significativa importância diante de seu código informativo, principalmente, em meio à saturação visual da vida contemporânea, seja em seus aspectos de vigilância, espetáculo, prazer, controle ou manipulação.
As imagens não são neutras e nem o olhar que projetamos sobre elas. Existem imagens que remetem somente a si mesma, evidenciadas sobre certas posições minimalistas, resumindo-se na célebre frase de Frank Stella “o que você vê é só o que você vê”, um discurso tautológico por excelência, porém, a leitura mais genérica sobre a maioria das imagens é conotativa e na sua elaboração intervêm muitos fatores, entre eles, a ideologia, nosso passado, nossas vivências, nossa conformação cultural, nossos desejos e nossas expectativas.
As imagens produzidas pelas artistas carregam acúmulos…
…e nestes jogos de semelhanças e diferenças permeia a idéia de água, o que possa significá-la como conceito nestas abordagens, não só pela sua utilização técnica e proposta de escritura pessoal, mas sim com um phármakon, em seu duplo sentido do termo, que tanto pode significar o remédio quanto o veneno, fazer o bem ou pode fazer o mal, como Derrida aborda o termo na Farmácia de Platão….